Estamos em pleno inverno, e como soe acontecer, nos detemos um pouco para falar, de cada uma das quatro estações do ano, porque elas representam, com fascinante beleza, tempos e cadencias do planeta e dos seres que nele vivem
Num país tropical como o nosso, embora ocorram invernos intensos, não desfrutamos daquilo que caracteriza geralmente simboliza o inverno, a neve, mas, nas serras gaúchas e catarinenses houve invernos em que tudo já amanheceu sob fina camadinha de gelo.
A estação do frio, nesta parte do mundo, começa com o Solstício de Inverno, que se inicia na segunda metade de junho e encosta no tempo em que as flores anunciam que está chegando a primavera, lá pela segunda metade de setembro.
As estações do ano, transicionando de uma para outra e dependendo do lugar, sempre foram fascinantes; o outono em París é simplesmente espetacular, as largas alamedas formam belíssimos tapetes com as folhas que se desprendem das grandes árvores, as paisagens do outono parisiense já inspirram renomados pintores expressionistas, quando não poetas, e grandes compositores, a exemplo de Antonio Lúcio Vivaldi que justamente compôs uma belíssima obra chamada “As Quatro Estações”. Vivaldi, chamado de “ o padre ruivo”, por ser um sacerdote de cabelos ruivos, nasceu na bela Veneza e viveu até a metade do século XVIII, foi efetivamente um virtuose, cujo estilo musical, considerado como do barroco tardio, assombrou as cortes italianas e da Europa.
Sua obra conta com quase 800 composições, sendo 477 concertos e 46 óperas, e claro, entre elas se destacou a série de concertos para violino e orquestra intitulada “Le quattro stagioni”
Mas se Vivaldi naquela época já dera tanta ênfase à beleza das estações, sem dúvida comporia ainda muitas outras obras para o inverno na Amazônia, não o fez, porque nunca veio para maior floresta do planeta.
As estações na Amazônia se confundem e há apenas pequenas variações físicas a identificá-las. Em geral o clima é sempre quente e úmido, e o inverno chega com uma frequencia maior de chuvas finas que se aproximam com um suave , porém crecente barulho das gotículas de água sobre as folhagens.
Muitas vezes as chuvas vem com força, trovões rasgam o céu completamente escuro e carregado, a água desaba na mata, os rios crescem com uma velocidade absurda, as aves e outros animais silvestres desaparecem em seus refúgios, a chuva cai forte e quando vem acompanhada com rajadas de vento vergan-se muitas arvores e é frequente ouvir o barulho seco dos seus troncos se quebrando.
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