Uma coisa deixamos de entender, mais por preguiça e
conformidade, do que por outra coisa: somos ínfimos no Universo conhecido, que
dizer, então, do desconhecido Universo?
Habitamos em um minúsculo planeta que vaga ao redor do Sol e
pertencemos à Galáxia, pelo homem chamada de Via Láctea.
Somos tão
microscópicos, que desde Júpiter, o maior planeta do nosso Sistema Solar, mal
dá para ver o pequeno e perdido planeta Terra.
O Universo, como um todo, é completamente desconhecido de
nós, seus limites são simplesmente desconhecidos, nem o Telescópio Hubble, que
gira em órbita, jamais conseguiu prescrutar distâncias tão colossais.
Alguns bilhões de anos luz (à velocidade da luz, ou seja a 300
mil km por segundo) é o que nos separam das fronteiras observadas do Universo.
Na verdade, comparando o conjunto não
somos nada, nada representamos, portanto, existir ou não é apenas uma questão
de conceito.
O ser humano, dentro de sua pequenez, não tem nenhum tempo
para pensar nisso, o seu objetivo maior é ser rico, mesmo sabendo que a vida
apenas lhe foi emprestada e que é finita, absolutamente limitada, no tempo e no
espaço. Em decorrência disso e por causa disso também, mata e morre.
Enfim, a partir desta matéria, e nas próximas, discorreremos
sobre o além de nosso envoltório de ar, chamado de atmosfera.
Certamente
descobriremos que há sentido na frase de que há muita mais coisa que nossa vã
filosofia conhece. Vamos sair um pouco de nosso limitado raio de ação e comentar as fotos enviadas pelas
naves Voyager e Pioner, dois artefatos com propulsão nuclear, enviadas desde
Cabo Cañaveral, na Flórida, nos Estados Unidos da América.
Na verdade, em sua viagem, estas naves que seguem pela nossa
galáxia, saindo para o além, carregam preciosa carga, caso encontrem outras
civilizações que as capturem, mostrando a Terra, o homem, a mulher, uma criança
e alguns animais, com os seus sons respectivos. O que se imagina é que estas
naves viajarão pelo infinito, mesmo quando o Planeta Terra não exista mais.
É impressionante ver os planetas no telescópio, mal sabemos
deles, mal sabemos do Sol, mal sabemos desta destratada Terra, o planeta azul.
É realmente muito bom saber que, independente de nossa
vontade, vagamos pelo espaço, e que segundo os astrônomos, um dia
desapareceremos, claro, nenhum de nós
estará aí para contar a história.
Mas por isso mesmo, temos que observar a prudência de nossas
ações. Ignorar tudo, não nos leva a lugar algum, muita coisa pode mudar, somos
falíveis, e é essa a principal razão pela qual devemos ser certos e justos.
Vamos, a partir de hoje, escrever sobre alguma coisa tão
importante como é o espaço, e que, recentemente, Carl Sagan tanto se dedicou a
conhecer.
Como sempre, para os nossos leitores do Japão, escreveremos
também em Espanhol.
Até lá e que cada um possa conhecer melhor o nosso planeta, e
consequentemente, conhecer sua própria existência.
HUGOALBERTO CUÉLLAR URIZAR
É Cineasta,
Jornalista e escritor, é diretor técnico
da Produtora
Sudameris em Osasco-SP
sudamerisosasco@hotmail.com
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