23 de março de 2011

DEVANEIOS DE OUTONO

           O Outono chegou  com o desfolhar das árvores que formam tapetes de folhas secas pelas ruas e alamedas. Nosso grande astro fica mais distante e sua luz nos chega menos quente, mais lânguida, parece que tudo parou por trás de uma paisagem  quase sem cor, um tanto nostálgica.
De forma alguma  queremos intuir sobre a natureza dessa mudança, ao contrário, observá-la e até compará-la com os relatos contidos num incunábulo que certa feita tive a oportunidade de ver em Paris --algo impresso lá pela metade do século XVIII, uma relíquia guardada a sete chaves, se não mais--, ostentando gravuras em metal dourado e madeira,  descrevia os belos outonos na região de Versailles, tudo impresso numa deliciosa simplicidade, mas com cuidado e maestria ímpares.
Subindo a ladeira do Jardim D’Abril, em direção ao ponto final, o vento arrasta as folhas das grandes árvores, as deixa voar e, mais uma vez,   a natureza nos lembra que para ela chegou a hora de mudar, que tudo vai passando, envelhecendo, e mesmo as folhas novas que virão na outra primavera, não deixarão a árvore mais nova. Envelhecer, é irreversível!
Na ordem do imaginário este vaivém da vida repetir-se-á também enquanto vivermos. Mas o planeta começa a dar sinais evidentes de mudanças mais drásticas que podem alterar inesperadamente os planos de qualquer humano. Não foi isso que aconteceu no Japão?
Os últimos dias foram agitados demais. A visita do presidente Obama ao Brasil concentrou a atenção do mundo, diminuindo as notícias vindas do Japão, onde a cada dia aumentam as vítimas dos terremotos, do terrível tsunami e, não bastasse, ainda propagação radioativa dos reatores atômicos de Fukushima, atingidos pela catástrofe.
Na Líbia, a resistência do ditador Kadafi, que já “saqueou” ao longo de quarenta e tantos anos um país e um povo pobre, beirando a miséria, continua  agora  com um confronto fratricida.
Deixando de lado ainda os devaneios do outono e o que acontece pelo mundo, é preciso lembrar que o ambiente político em São Paulo vai esquentando, e como  sempre, em política tudo é possível, depende dos interesses em jogo, e aqueles que até ontem eram amigos fraternos, hoje, muito antes das eleições, já se tornaram adversários;  Alckmin e Kassab  se querem ver pelas costas!
Na realidade é uma boa pedra no sapato do governador que agora enfraquece sua posição e encontrará, no novo partido de Kassab e aliados, uma resistência maior nada amorfa  e com potencial.
E como tudo na vida é questão de tempo, muita coisa ainda irá acontecer ao longo deste ano, e mais ainda no próximo. É só questão de aguardar para ver.
Em Osasco a expectativa maior é com a Universidade Federal e, provavelmente, numa aula inaugural que contará com a presença da Presidente Dilma Rousseff, do Ministro da Educação, e naturalmente do anfitrião, o  prefeito Emidio de Souza, o Deputado Federal João Paulo Cunha, o Estadual Marcos Martins, para citar algumas das maiores personalidades.
A Universidade Federal em Osasco representa um anseio muito acalentado por todos e contribui para que nossa cidade  se destaque ainda mais  em toda a região Oeste como uma cidade que caminha célere para o seu cinqüentenário, contando com a maior quantidade de instituições de nível superior, assim como de sua grande pujança tanto que  hoje já é considerada a terceira maior do estado, incluindo a capital, e a décima do país.

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