Osasco recebeu neste final de semana delegações de quase todo o Brasil que vieram participar do Congresso Brasileiro de Teatro, um evento de grande importância que discutiu políticas públicas de incentivo nesse segmento.
O Congresso foi abrilhantado com a presença da Ministra de Cultura Ana de Holanda, do Senador Suplicy, do prefeito Emidio de Souza, do Secretário de Cultura Luciano Jurcovich, do deputado Marcos Martins, e de outras autoridades e representantes da classe.
Como o evento tinha um cunho eminentemente cultural, na entrada do salão principal do Centro de Formação dos Professores, havia uma exposição de obras literárias para venda, e nos intervalos não deixaram de brilhar poetas e artistas que mostraram sua experiência e categoria.
Nos dois dias em que foram realizados os trabalhos houve calorosas discussões entre as várias representações, e nada mais justo que debater os novos rumos do teatro, cujo último encontro nacional aconteceu há mais de três décadas, no Rio de Janeiro.
Na realidade decorreu muito tempo para se pôr em dia, com essa amplitude, os interesses do teatro nacional. Sabido está que por todo esse tempo foram mínimas as iniciativas do estado em querer revigorar o segmento, até porque nunca a cultura foi vista com a importância que merece.
Teatro é cultura, assim como cinema, música, literatura e todas as outras expressões do ser humano; a cultura de um povo está representada por uma série muito complexa de manifestações que envolvem costumes, hábitos, produção intelectual, e toda uma herança atávica do homem em sua sociedade.
Algumas iniciativas como a Lei Rouanet já ficaram um tanto quanto ineficazes, os tempos mudam, as características da sociedade se renovam e as leis em geral têm que acompanhar essa mudança permanente.
No cinerma, por exemplo, a Lei Rouanet só tem privilegiado alguns grupos, especialmente do eixo Rio-São Paulo, que o diga por exemplo o produtor Luis Carlos Barreto, porém onde encontramos um incentivo para cinema de menor porte financeiro, mas de maior peso cultural?
Por quê se obstrui tanto o acesso a inúmeros talentos e projetos que representam a cultura genuína, em detrimento de propostas mais políticas e que visam principalmente o retorno financeiro, e que necessitam de investidores e até diretores estrangeiros, com temas como o lixão do Rio, que teve pretensão do último Oscar da Academia Americana?
Certamente a resposta poderá ser encontrada, e fazemos votos de que assim seja, no Projeto de Lei 6.722/2010, relativo ao programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, ProCultura, que foi discutido no Congresso que acabou de ser realizado, resultando no importante manifesto denominado “Carta de Osasco”.
Osasco deu um “up grade” em termos de cultura. Provavelmente a partir de agora se despertem investimentos em cultura, em todas suas áreas, é o nosso desejo!
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