22 de março de 2011

OBAMA NO BRASIL

São  plenamente justificadas as medidas extremas de segurança, hoje e amanhã, adotadas pelas autoridades norte-americanas e brasileiras, em Brasília e no Rio de Janeiro, quando o Presidente Barack Obama estará no  Brasil.
Não se exagera em nada,  porque apesar dos esforços das autoridades, a violência no país alcançou limites exorbitantes. Por outro lado, a América do Norte é um país que carrega  uma funesta tradição de assassinar seus presidentes, desde Lincoln, até John Kennedy, passando por atentados como o de Ronald Reagan, o famoso presidente cowboy.
E não foi  apenas isso, os  presidentes Bush, pai e filho, não deixaram muitas saudades pelo seu estilo arrogante e agressivo, a ponto de o antecessor de Obama levar uma sapatada, que por sorte não o atingiu,  num desses países onde os americanos  não são bem recebidos.

O presidente Obama que segunda feira segue para o Chile, demonstra um categoria e até simplicidade muito pouco observadas nos últimos presidentes americanos. Nesta visita ao Brasil, esperada para  2010, haverá um espaço para o reencontro com nosso nosso ex-presidente Lula que, ao longo dos seus dois  mandatos,  visitava com frequencia  a  Casa Branca, em Washington, tornando-se amigo próximo do presidente Barack Obama.
A rápida passagem de Obama no Brasil, ,   tem a significação de quase  uma visita de cortesia à presidente Dilma Rousseff, e assim deverá ser também  no Chile.
No Rio de Janeiro, o presidente Obama, sua esposa e filhas cumpriram uma agenda mais turística, aproveitando para admirar a beleza natural da cidade vista do alto do Corcovado, e uma visita à favela Cidade de Deus,  no morro carioca, hoje pacificada.

O Presidente Norteamericano falará ao Brasil e ao mundo desde a Cinelandia, um ponto central e típico da cidade, porém cercado de enorme aparato policial brasileiro, tropas, blindados e caças Mirage, bem como aviões, navios e helicópteros norteamericanos  e mariners que chegaram  em grande contingente.
Em termos de acordos bilaterais, certamente serão reforçadas negociações que já vinham sendo tratadas desde a época Lula, diante da avassaladora expansão da economia chinesa pelo mundo.
Atualmente a balança comercial entre os dois países pende mais para  o lado americano que vende  cerca de US$ 28 bilhões para o Brasil que, em contrapartida,  exporta   algo como US$ 20 bilhões para os Estados Unidos, com um déficit anual de US$ 8 bilhões.  O Brasil vende menos produtos manufaturados, que são os que agregam valor, ampliam o trabalho e a renda aqui mesmo,  e vende mais matéria prima, insumos na realidade.
Um dos grandes atrativos na conversa de Obama com a nossa presidente Dilma Rousseff deverá versar sobre as enormes reservas de gás e petróleo do pré-sal, uma pauta de suma importância.
Há certas arestas que ficaram para serem aparadas ainda  no final do mandato de Lula,  como é o caso do Irã  e as pretensões brasileiras no Conselho de Segurança da ONU. Haverá tempo para tudo isso? Provavelmente de forma muito rápida.
As relações brasileiro-americanas certamente tem um longo caminho a percorrer, e não serão muito tranqüilas, mas para ambos lados persiste a preocupação com o crescimento chinês, atualmente a segunda potencia econômica do planeta.

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