O avião pousou no escuro aeroporto de Yerevan, capital
da República da Armênia, taxiou e parou
ao lado do portão de desembarque.
Em pouco tempo mais estávamos na rua, era noite e
havia chovido, com ônibus ainda em movimento, a intérprete, uma simpática
senhora Armênia de meia idade, que no Aeroporto recepcionou à Comitiva de Osasco-Brasil, sob o
comando do prefeito Emidio de Souza, disse, em português, que apenas
descansaríamos algumas horas no hotel, pois logo em algumas horas o ônibus nos buscaria
para levarnos a Gyumri, a quinta cidade
que firmaria, através de suas autoridades, o convênio de cidades-irmãs com
Osasco, no Brasil.
Houve uma época, sim, em que um terrível genocídio
ocorreu na Armênia, e, uma grande diáspora
. Em Osasco, no bairro de Presidente
Altino, na Grande São Paulo, no Brasil, se
estabeleceu uma enorme colônia armênia, a ponto deles participarem ativamente
das lutas emancipatórias do antigo bairro, hoje brilhante município da Grande São Paulo, sendo inclusive
eleito o primeiro prefeito Municipal, o nosso
saudoso amigo, Dr. Hirant Sanazar, descendente direto de armênios.
Nosso ônibus venceu o último promontório e começou a
rodar numa planície que se perdia no
horizonte, era amiúde, apenas cortado
por belo e bem sinalizado asfalto. O dia estava muito lindo, à direita, por
trás dos cumes nevados, remanescentes de longa cordilheira, surgiu o astro Sol,
esquentando as planícies à esquerda da estrada, onde se viam ovelhas e gado
pastando.
A intérprete preparou, ainda no micro-ônibus, uma
linda composição de Chiquinha Gonzaga, e foi com esse belo fundo musical que passamos
por baixo de vários viadutos, um dos quais, talvez o último, nos alertava que estávamos chegando à Gyumri.
Pouco tempo depois divisamos, num vale,
a cidade. Durante muito tempo a Armênia fez parte da URSS e isso é
visível no seu povo, nas suas verdes avenidas, nos monumentos, e, entre outros, nos mercados de alimentos ao ar livre e nos
ônibus que circulam pela cidade.
Na entrada da cidade uma carinhosa recepção, várias moças bem-trajadas, sob o comando do
Secretário de Educação Local, ofereceram ao Prefeito Emídio um pedaço de pão- doce,
um legado antiquíssimo e muito afetivo de boas-vindas do povo armênio.
Logo em seguida, diante de um monumento, teve lugar
uma sessão de belas fotografias, e seguimos para a Prefeitura.
Na entrada do
prédio, situado ao lado de um imenso boulevard, a recepção do Prefeito
de Gyumri e de todo seu secretariado ao prefeito e à comitiva brasileira.
Naturalmente
que, por uma questão de espaço, relatamos aqui só os eventos mais
destacados.
Numa sala ampla, da qual também participaram vários
vereadores armênios, a troca de mimos e discursos.
No andar de baixo, um momento histórico, a assinatura
do convênio de cidades-irmãs pelo prefeito local e o prefeito de Osasco, no
Brasil, Dr. Emidio de Souza.
Logo depois da assinatura dos documentos de irmandade,
ainda na mesma sala, o prefeito local e
o prefeito de Osasco, Brasil, Emídio de Souza,
proferiram discursos e concederam entrevistas a diversos canais de
televisão, postados ao lado das mesas.
À noite a Comitiva brasileira foi brindada com um
jantar, regada à belas músicas e danças
armênias.
Temos que ressaltar que o povo Armênio é muito amigo e
hospitaleiro. Neste momento me vem à mente um padre armênio que conhecemos na
Igreja da Natividade, em Belém, no local onde Cristo nasceu.
Esse é o início de grandes relações estabelecidas entre
os povos. Temos absoluta certeza de que o atual Prefeito Jorge Lapas e a
primeira-dama Sandra Lapas, darão continuidade e impulsionarão mais ainda este intercambio.
HUGOALBERTO CUÉLLAR URIZAR
É Cineasta, Jornalista e Escritor, é diretor técnico
da Produtora Sudameris em Osasco-SP
sudamerisosasco@hotmail.com
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