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Vista da entrada do Jardim do Administrador Humilde para a ponte que corta a cidade |
Suzhou, na China, é uma das cinco cidades-irmãs de
Osasco-Brasil, e provavelmente a maior de
todas as cidades-gêmeas de Osasco, no Brasil. É consequêntemente, uma das mais densas em
população do mundo, e um importante entroncamento ferroviário da China, hoje a
segunda maior potência econômica do
planeta.
Quando se chega de qualquer parte do mundo à China, chegamos
no Aeroporto Internacional de (Beijing) Pekin, a capital, e já temos a noção de
quão grande é essa cidade e esse país. O
desembarque é rápido, sem maiores de longas, e em pouco tempo já estamos nas
ruas e viadutos, admirando essa imensidão de veículos que circulam pela cidade,
em meio a largas avenidas e grandes obras de arte.
Uma visita obrigatória é conhecer, ainda que numa parte minúscula,
a Grande Muralha da China, que praticamente, num segmento pequeno, passa na
área periférica de Beijing.
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Muralha da China |
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Lago Tai |
Mas, como nosso objetivo é Suzhou, vamos a ela. Suzhou, o
berço da cultura Wu , é uma das mais antigas cidades do Yangtze. No final
da dinastia Zhou, tribos locais chamadas Gou Wu viviam na área que viria
a ser a moderna cidade de Suzhou. Essas tribos formaram aldeias nas bordas das
colinas acima das zonas úmidas em torno do lago Tai.
As montanhas, rios, florestas e jardins de Suzhou se fundem
numa paisagem de cortar a respiração. Hoje a cidade se tornou numa metrópole
moderna que, ainda assim, não perdeu o seu encanto histórico. É um dos poucos
lugares da China onde a modernidade é ligada à tradição.
O trem-bala que sai de Beijing a Suzhou,
é um dos transportes mais usado na China. Como fizemos ambas viagens, em épocas
distintas, optamos pelo trem comum, que consideramos mais pitoresco para
narrar.
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Templo Hanshan, um dos mais famosos de Suzhou |
É uma longa viagem de uma noite inteira. Mesmo sabendo
que nosso vagão tinha camarotes para nós, e mesmo sabendo que lá fora caía neve sem parar, não deixava de preocupar-nos o
fato de não sabermos onde exatamente nos encontráva-mos, sabíamos apenas que
estávamos na China e mais nada. Desesperadamente comemos do único salame que,
muito precavidamente, o então secretário municipal Antonio Julio Baltazar havia
levado. A neve caía copiosamente lá fora. Ai me veio à mente uma cena do filme
Dr. Jivago, quando o trem em que ele viajava atravessava as estepes brancas e
geladas da Russia.
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Tiger Hill |
Com o sol já alto, chegamos finalmente em Suzhou. Todo mundo
tinha o rosto parecendo pão guardado há três dias. Naquela viagem, Dna. Glória,
a quem prestamos nossa homenagem, recebeu, ainda na estação, um belo ramalhete de flores.
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Assim com a Torre de Pisa
ela também está levemente inclinada.
E por isto está cercada,
impedindo a visitação interna.
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A cidade é imensa, e
têm mais de oito milhões de habitantes. Além dos atos formais, para nossa
alegria, nos levaram para assistir a uma bela peça teatral, quase sem falas e
gravamos tudo em VT.
No outro dia, almoçamos
lagosta num restaurante no alto de uma montanha, no meio de um jardim, de onde
podíamos divisar uma enorme cidade. À
tarde fomos a um belo museu, onde vimos muita coisa indescritível, e ainda todo um exército em Terracota.
Suzhou é uma cidade largamente industrializada, nos levaram a
passear e num almoço quase comemos sandwiches de cachorro, uma iguaria para
eles.
Enfim, Suzhou tem muito a nos ensinar, desde a rigidez com
que as crianças são educadas até as obras que são escritas em Mandarin, obras importantes para mundo todo. Um
belíssimo lugar que vale a pena conhecer!
HUGOALBERTO CUÉLLAR URIZAR
É Cineasta, Jornalista e Escritor, é diretor técnico
da Produtora Sudameris em Osasco-SP
sudamerisosasco@hotmail.com
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