O Brasil amanheceu nesta quinta-feira, dia 7 de abril de 2011, com uma notícia arrepiante, um jovem de 23 anos invadiu uma escola, onde já foi aluno, e armado com dois revólveres disparou a sangue frio nos alunos da segunda série, matando dez meninas e dois meninos, todos com idades entre 13 e 14 anos. O massacre também deixou outro tanto de feridos, alguns ainda em estado grave.
Pelas informações recebidas, ao que parece o assassinato em massa não foi maior porque um PM, que se encontrava nas proximidades, alertado por uma criança que escapou apavorada da escola, conseguiu chegar a tempo de atirar no assassino que caiu ferido na escada, mas logo a seguir atirou em si próprio. Seu corpo ficou por horas na escada que levava ao segundo andar.
Todo este macabro espetáculo aconteceu na escola Tasso da Silveira, em Realengo, subúrbio Carioca.
A notícia começou a circular pelo mundo imediatamente e foi destaque em jornais e Tv’s de todo o planeta reeditando acontecimentos similares nos Estados Unidos da América do Norte, na Europa e até no Japão.
No caso presente, pela descrição que fazem do assassino as pessoas que com ele conviveram, tratava-se de uma pessoa solitária e soturna, que apenas se nutria de tudo que a Internet podia lhe oferecer. Seus dias eram monótonos, de dia trabalhar e à noite, até altas horas, navegar pela Internet, não tinha amigos, era extremamente calado.
Por outra parte, o retrospecto de sua vida também não é dos melhores, sua mãe biológica já demonstrava sinais de insanidade mental, tanto que tentou diversas vezes contra a própria vida, mas que também abandonou o filho logo nos primeiros anos de vida e teve que ser criado por uma parente que faleceu há pouco mais de dois anos.
Não é preciso ser um douto em psicologia para entender que este é um caso típico de distúrbio mental, pois estão mais do que evidenciados os desvios éticos, morais e comportamentais do rapaz que, por falta de orientação e acompanhamento, se tornaram muito maiores em sua mente a ponto de levar adiante uma ação dessa dimensão. Claro e evidente que seja qual for a doença que o atinja, nada, absolutamente nada, justifica um assassinato como ele praticou, aliás, assassinato algum se justifica, pois o homem não tem o poder de tirar a vida de outrem, a vida é uma dádiva divina e só a Deus cabe dispor da mesma.
O infeliz acontecimento que abalou todo o Brasil, nos reporta a casos anteriores como o do estudante de medicina que num cinema de shopping metralhou várias pessoas, ou do crime passional praticado por outro maluco que seqüestrou e matou a namorada num conjunto de apartamentos populares em Santo André.
Nestes dois últimos casos, os assassinos estão presos, certamente cumprirão suas penas e provavelmente serão soltos, se de bom comportamento, mas, será que essa é e melhor maneira de tentar reinserí-los à sociedade?
É muito difícil acreditar que um ser humano que cometeu tamanha barbárie possa, como se nada tivesse acontecido, mesmo trinta anos depois, voltar tranqüilo ao convívio da sociedade; e sua consciência como fica, essa não tem progressão de pena!
Muitas vezes, quando falamos da Internet como um fabuloso meio de intercomunicação mundial, esquecemos de certa maneira que essa maravilha desenvolvida pelo homem, também é mal aproveitada por outros, tornando-se inquestionável a limitação do seu uso, e isso não é cercear a liberdade de ninguém. No caso do Realengo, o assassino pôs na cabeça toda essa maquiavélica estratégia tomando aula na Internet, mais especificamente nos casos que aconteceram principalmente nos Estados Unidos.
Muito se fala em Internet, mas pouco se cuida desses detalhes, dessas limitações, pois tanto a Internet como a TV são escolas para as crianças e adolescentes, e está mais do que na hora de que se estabeleça um limite para tudo aquilo que hoje indiscriminadamente se coloca ao alcance dos jovens e das crianças, como já se faz, há bom tempo, por exemplo, na China.
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