27 de abril de 2011

O DINAMISMO POLÍTICO

 

           Os primeiros meses da presidente Dilma Roussef trouxeram um forte indicativo   de continuar  a linha do seu antecessor, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, sem no entanto manter de forma  clara e consistente sua própria linha de independência, como bem sugeriu seu  posicionamento diante da política nuclear do Irã.
Sem entrar no tabuleiro da economia, terreno do qual  dificilmente podemos nos afastar, ainda mais com o fantasma da inflação batendo nas portas, é preciso voltar nossa atenção para as reformas políticas que o país, de há longas datas, necessita urgentemente e que o Congresso, pelas razões  mais óbvias, porém  incoerentes, deixou à mercê de forças ocultas que agem com persistência dentro do Congresso Nacional, e que, pelo que demonstram estar mais interessados em manter o atual estatus quo.
Um ano eleitoral de muita disputa em todo o país se aproxima, razão maior para constatar a necessidade mais do que urgente de colocar em prática leis como a tão discutida Lei da Ficha Limpa,  que responde a um clamor popular e que, infelizmente, só irá  vigorar a partir do pleito de 2012.
Até o fechamento desta Coluna o STF ainda não havia dado seu parecer final a respeito dos cargos dos suplentes, se estes serão dos partidos ou das coligações. Uma boa  briga que está valendo inúmeros processos na Justiça e que, de certa forma, respinga na tão falada e pouco praticada  fidelidade partidária.
Por incrível, há tanta coisa nebulosa para as próximas eleições que a cada dia  a situação se torna ainda mais complexa.
Não há dúvida de que o momento político mais intenso em qualquer  município do Brasil é justamente aquele quando ocorrem as  eleições  para prefeitos e vereadores. E quem duvidar pode prestar atenção, as articulações  partidárias  começaram a ser trabalhadas  já a partir da eleição anterior, e se acentuam a cada ano, sendo que  este ano já estão praticamente delineadas as correntes político-partidárias.
Nessa tessitura política não há como excluir aqueles que contra vento e tempestades são sempre candidatos, sabem que não têm  possibilidades, mas sempre arriscam uma pitadinha de sorte, um apoio inesperado, uma força  que venha lhes trazer novos horizontes, ou até mesmo a possibilidade de apoiar alguém de maior peso político.
Em questões dessa natureza muita gente pode falar de cadeira, até porque já são mais do que graduados em questões de candidatura.  Essas pessoas se pudessem ser candidatos individuais nunca deixariam de ser candidatos, mas como dependem de uma legenda, a coisa fica um tanto mais difícil, inobstante continuam  candidatos inveterados.
Por ora é prematuro indicar nomes, a política se move com um dinamismo intenso, de maneira que o bom senso recomenda aguardar, sentir o panorama que deve  começar a se delinear a cada dia com maior intensidade.

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