1 de junho de 2011

TEMPOS DIFÍCEIS

O desenvolvimento tecnológico e científico dos tempos atuais avança numa  velocidade assustadora, a ponto de o que hoje há de mais atual, como processadores de computador de última geração, em pouquíssimo tempo  são   superados por uma geração mais nova e de funções ainda mais impensáveis. A nanotecnologia simplesmente é incrível.
            Na transição da segunda metade do século XIX  até o XX e consequentemente até nossos dias, os avanços científicos têm sido  progressivamente muito  velozes, mal nos acostumamos a usar um determinado equipamento e já surgem outros mais revolucionários, exemplo disso encontramos na renovação dos softwares, onde  o ritmo é  alucinante.
            Diante de toda essa corrida tecnológica, o que pode acontecer com  o ser humano, quais  as alterações básicas do seu comportamento, de sua maneira de interagir com seus semelhantes,  quais os reflexos em seus padrões biológicos, e mais ainda, em sua psique?
            Chegamos a um estágio, por sinal muito pouco observado, em que o homem produz máquinas e equipamentos diversos para automatizar as ações do
próprio homem, de maneira que cada vez o homem se torna mais sedentário ainda, e nas grandes cidades  resolve as coisas pelo telefone, pelo celular, pelo computador e pela internet.
            Estamos de certa forma nos transformando também em máquinas de carne e osso, vivemos apertando botões repetitivamente.
Atualmente é cada vez mais  difícil  encontrar quem possa fazer trabalhos que dependam puramente da força de trabalho humano, a exemplo dos serviços domésticos, de  limpeza e faxina numa casa, serviços para cortar  grama e podar árvores, levantar e rebocar um muro, pintar uma parede, e por aí em  diante.
Hoje, como consequência da automação em escala,  esses profissionais começaram a desaparecer, e os que ainda permanecem no mercado, estão cada vez mais raros, pois é muito  mais cômodo, mais rentável e melhor, trabalhar na frente de uma máquina que comanda outras robotizadas ou, pela  internet, penetrar num mundo   cheio de inúmeras  possibilidades de negócios globalizados.
Nesse diapasão, tudo começa a girar num cut off grade cada vez mais seletivo; ou se acompanha a evolução ou vamos ficando aliados de uma realidade, absurdamente brutal e menos humanista.
Não que o progresso e o desenvolvimento científico sejam prejudiciais, ao contrário, o homem os cria e investe neles justamente para melhorar  sua vida, como de fato acontece, mas produz, em paralelo,  essa outra vertente, muito eletrônica, eletroeletrônica, informática, nada mais se faz de forma mais humana, por isso os parques estão lotados de gente que faz corrida, que faz caminhada, quase ninguém mais trabalha com as pernas, exceto os atletas, os músculos vão definhando ou se tornando flácidos, as pessoas se tornam obesas pelo consumo de  lanches, e alimentos prontos que dependem apenas de um micro-ondas.
Contra toda essa rotina é preciso que se tome consciência de que o corpo também precisa trabalhar, se movimentar para que possamos desfrutar de uma vida mais saudável.



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