19 de agosto de 2011

ZUBIN MEHTA

Quando se viaja por Israel, geralmente  no começo do ano, e especialmente pela internacional Jerusalém, em tempo das curtas  tréguas entre judeus e palestinos, respira-se um ar suave e fresco, próprio, da época e da evocação divina de Jesus.

Ao subir pelo Monte das Oliveiras, uma encosta que dá de frente com os muros da cidade antiga, pelo lado oeste, portanto, , muito próximo do Monte Moriah, onde repousa a Mesquita de O Aqsa, e o Muro das Lamentações, num planalto que é considerado o lugar mais sagrado da cidade, entendemos cada vez mais a complexidade do ser humano que, apesar de um único e eterno Deus, tem sempre que se dividir e guerrear sem trégua em qualquer tempo.

Mas, o respeito por tudo que é sagrado e pelos lugares  por onde passou nosso Deus quando esteve entre nós,  nos transporta  instintivamente a sentir  músicas celestiais, melodias e composições que elevam nosso espírito e, nesse contexto, difícil seria separar o grande Zubin Mehta, regente  vitalício da Orquestra  Filarmônica de Israel, que tantas vezes veio nos deleitar com grandiosos concertos.

De origem indiana, o Grande regente nasceu em Bombain, e já aos 18 anos estudou no Conservatório de Viena, na Áustria, em 1958, onde  fez sua estreia; foi o início triunfal que o levaria pelos maiores conservatórios e filarmônicas do mundo.

Numa carreira plena de sucessos, o grande Zubin Mehta regeu grandes concertos e só para se ter idéia, foi talvez  um dos poucos a reger a Orchestra de Maggio Musicale Fiorentino e a Ochestra  del Teatro dell’Opera di Roma, com a participação nada menos que dos tenores, José Carreras, Luciano Pavarotti  e Plácido domingos, em Roma.
Não é preciso falar muito para ressaltar a importância  do maestro conhecido mundialmente, tanto que sua vida está sendo plasmada nas páginas de um livro biográfico intitulado: “The Zubin Mehta Story”, escrito a quatro mãos por Martin Bookspan e Ross Yockey, do qual também, já surge o roteiro de um filme sob a direção do documentarista Terry Sanders.
Nesta terça-feira o maestro desembarcou em São Paulo, veio dar continuidade a um trabalho muito especial que desenvolve na favela paulistana de  Heliópolis, na capital Paulista. Na realidade o grande regente, que desenvolve um amplo trabalho  do mesmo gênero na Índia,  se integrou por completo com o trabalho social que é desenvolvido pelo Instituto Bacarelli, e hoje, através de sua indicação, já levou sete músicos brasileiros, oriundos de áreas pobres, para a integrar a Orquestra jovem da Filarmônica de Israel, que é mantida numa cooperação entre a Filarmônica, da qual é regente Vitalício e a Universidade de Tel Aviv, que desenvolve um departamento especialmente  para alavancar novos talentos para a famossíssima Orquestra Filarmônica de Israel.
Ainda se anunciam algumas apresentações de Mehta no interior de São Paulo, uma excelente oportunidade para desfrutar da magia com que o maestro sabe reger uma filarmônica, elevando cada nota, de cada instrumento, a um nível quase celestial. Se puder assistir o grande maestro, não perca por nada!

12 de agosto de 2011

OSASCO 50 ANOS


 Falta pouco mais de 140 dias para que nossa cidade complete seu primeiro cinqüentenário, data que será festejada com toda a pompa que Osasco merece.
Nesta quarta-feira, o  prefeito Emidio de Souza empossou os membros das comissões que se encarregarão de organizar  os trabalhos nesta reta final, e também preparar os festejos, sempre  sob a coordenação  inalienável  do jornalista Roberto Espinosa.
Entre os discursos que forma  proferidos podemos destacar a rememoração que se fez à Osasco  quando mal acabara de passar de bairro afastado da capital, para o incipiente município que começava a esboçar seus passos iniciais de autonomia.
Uma diferença brutal  pois o desenvolvimento imprimiu,  em todos os sentidos,  avanços que acompanharam o andar dos tempos e com eles se modernizou.
Hoje a cidade cresceu em alta velocidade, e muito já se fez para se chegar onde se chegou, mas não  há dúvida de que sempre, e em todo tempo, haverá muito ainda a se fazer, pois o ser humano não é um ente estático e tudo que se faz, se faz em função dele mesmo, de maneira que sempre surgirão novos e renovados desafios da cidade que esperamos  encontrem sempre em seus governantes as respostas adequadas para continuar com o desenvolvimento e a grandeza de Osasco.

A Osasco de outras décadas, hoje é lembrada em fotografias e vídeos, muitas gerações viveram essas fases de transições contínuas, mas há muitas outras, as mais recentes que só conhecem Osasco numa feição atual.
Esta cidade que nasceu como uma pequena vila fundada pelo imigrante italiano Antonio Agu, já  foi cenário de muitas pugnas políticas e acirrados enfrentamentos, viu passar, sobretudo,  muita gente importante, gente que trabalhou com redobrado afinco para acrescentar seu grão de areia na construção de uma cidade que a largos passos avançou em direção ao seu brilhante futuro.
Ainda será publicado um livro que registre todo esse andar, mesmo que contado pelo viés folclórico, pois ainda estão entre nós, e esperamos que  por muito tempo ainda, testemunhas oculares desta história. Entretanto, toda a sociedade civil tem o dever de integrar-se nesse homérico trabalho denominado Projeto Osasco 50 anos, que nasceu da brilhante iniciativa do prefeito Emidio de Souza.
A cada dia, resta menos um dia para chegarmos finalmente ao grande dia,  e nós que amamos nossa cidade, temos que participar com as comissões para que este evento marque uma data que jamais será esquecida.

11 de agosto de 2011

ESCOLA MODELO


            Mais do que só uma escola modelo, um Centro de Educação Unificada,  o que  em outras palavras significa dizer, que abrigadas num mesmo espaço  físico,  por sinal muito adequadamente projetado  e distribuído, funcionam:  berçário, escola infantil, EMEI e EMEF, assim acaba de ser inaugurado  o CEU do Jd. Santo Antonio.
             A primeira unidade do CEU  foi inaugurada em  fevereiro de 2010 no  Jd. Elvira,  zona Norte de Osasco, e hoje já produz grandes frutos em benefício da comunidade.
            A experiência,  largamente satisfatória na capital, em vários centros educacionais deste gênero,  trouxe  grande expectativa   a  Osasco, hoje uma cidade/município, que nos últimos 7 anos vem experimentando  mudanças significativas e que soube, com grande estilo, implantar e  inaugurar seus dois primeiros CEUS.
             No mais,  quando se fala em educação de qualidade, já podemos nos referir a toda a rede de ensino municipal, com destaque muito especial  para os  Centros de Educação Unificada, que reúnem  num único local  toda a estrutura necessária,  à boa educação, oferecendo  lazer e esporte, merenda escolar de qualidade,  aulas de informática --hoje um conhecimento completamente indispensável--; quadra poliesportiva,  play ground e piscina semi-olímpica.
             O tempo das escolas de lata e as de paredes de madeirit, cobertas com telhas finas de Eternit, que se  espalhavam pela periferia da cidade,  ficou, há sete anos já, esquecido da nossa memória, porque representava uma volta aos tempos medievais e as desastrosas "escolas" cederam espaço para dezenas de outras, planejadas e bem construídas,  novas e reformadas, hoje facilmente identificadas com um estojo de lápis de cor em sua fachada.
            Entendemos que no ambiente político muitas vezes se fala muito para fazer muito pouco, se alardeia demais em torno de qualquer coisa que significativamente não representa nada  realmente palpável e útil para a sociedade.
         Nesse aspecto,  temos  que reconhecer que o governo Emidio de Souza tem demonstrado denodo e competência,   e atualmente Osasco dá inquestionáveis provas de desenvolvimento e qualidade de vida.
          Osasco mais uma vez se destaca nominando próprios e outros equipamentos municipais, com o nome de personalidades como é o caso da Dra. Zilda Arns, Cidadã Osasquense, baluarte da defesa dos mais carentes e dos direitos da Pessoa humana, que emprestou seu nome ao primeiro CEU da cidade, no  Jd, Elvira, na Zona Norte  e, agora, a homenagem, mais do que merecida a um homem que amou o Brasil como poucos, grande homem das letras e certamente  um dos maiores escritores da língua portuguesa, Premio Nobel de Literatura, e que pouco antes de falecer  esteve em São Paulo lançando, simultaneamente em vários outros países, o seu livro: "A Viagem do Elefante", do qual recebemos pessoalmente sua dedicatória; nos referimos ao grande escritor lusitano José Saramago, que deixa seu nome para sempre no segundo CEU que foi inaugurado na sexta-feira passada.

3 de agosto de 2011

BOLLYWOOD DREAMS

            A  maior produção mundial de filmes de longa metragem não está, como se poderia imaginar, em Hollywood, lá na bela California, nos Estados Unidos, e nem na Cinecitta,de Roma,  na Itália e sim na Índia.
            A Índia é o país responsável em media por 800 filmes de longa metragem por ano, produzidos  pelos próprios indianos.
            Num país enorme, em território e em população, atualmente com quase um bilhão de habitantes --só está abaixo da China  que tem algo em torno de 1,2 bilhão  de habitantes--, além do aspecto de religiosidade, somente as sessões de filmes que são exibidos em casa aos fins de semana podem reter tanta gente dentro de padrões religiosos e comportamentais sem igual.
            Naturalmente que a maioria dos filmes que por lá são produzidos não têm qualquer interesse para nós, especialmente por questões culturais; são filmes melodramáticos, com músicas lânguidas e compridas.
           Os filmes indiandos, com raras exceções trazem diretores famosos ou envolvem temas além dos seus padrões, argumentos  e história para realizar filmes que revolucionem, eles têm demais.
            A Índia tem uma história fabulosa, e se formos falar dos mongóis para esta parte poderemos encontrar guerras e invasões incríveis. Nada disso é mostrado na maioria dos filmes produzidos na Bollywood, até mesmo porque o objetivo dos argumentos é de congregar a  família em torno de filmes de amor, ternos, onde as carícias são quase só com gestos e presentes. Sexo, nem pensar em mostrar qualquer cena que possa manchar o respeito que se guarda na família.
            Só o Mahabarata, o maior épico que já se escreveu desde épocas imemorais, traria tantas histórias, reais e de ficção, que certamente se produziriam belos filmes de ação e  histórias que fundiriam a saga conquistadora com o amor, como foi a história que originou a construção do Taj Mahal, uma das maravilhas do mundo.
            Com todo esse panorama multicolorido de cultura e história, a Índia atraiu uma paulista para rodar um longa, que mais parece um curta metragem, contando as peripécias de três atrizes brasileiras.
          Rodado com parcos recursos, numa produção que contou com o beneplácito dos indianos, o filme da diretora Beatriz Seigner, que já morou algum tempo na Índia, pretendeu levar à tela uma história inédita que envolveria diversos aspectos culturais, com o paralelismo entre a Índia e o Brasil.
            A história principal se baseia, grosso modo, na busca de trabalho profissional de três jovens atrizes. Esperando causar certo impacto  nesse país de arraigados princípios de religiosidade,  ao invés de encontrarem trabalho, acabam descobrindo a espiritualidade, num lento aprendizado de deuses, danças e viagens e viagens de trem por essa imensidão territorial.
            Muito nova e ainda inexperiente a diretora não teve os recursos necessários para realizar um trabalho mais cuidado, ao contrário, quando voltou encontrou uma dívida razoável para saldar. Mas, assim mesmo,  valeu muito a pena!


18 de julho de 2011

ALOISIO PINHEIRO

            Muito raramente se verifica na história dos governos, em qualquer esfera, que o presidente do legislativo assuma o primeiro cargo do executivo.
            Em Osasco, a partir de hoje, durante  uma semana, o prefeito Emidio de Souza se licencia por motivos particulares, e na impossibilidade, por questões de saúde, do vice prefeito, o médico  Faisal Cury, assume o cargo o presidente da Câmara, Aloisio Pinheiro, conforme  determina a Constituição.
            O prefeito Emidio que nesta quinta feira anunciou em coletiva de  imprensa esta mudança por tempo determinado, fez questão de ressaltar que estava se licenciando do cargo a partir de hoje, sábado, sem remuneração.
            O chefe do executivo,  numa cidade com a complexidade do nosso município precisa se entregar por completo e em   tempo integral à cidade, tantos são os problemas e  preocupações e a busca incessante de soluções, umas imediatas, outras a curto, médio e longo prazo.
            As transformações de Osasco dos anos 70 a esta parte foram enormes, e quem conheceu a cidade nessa época pode com muita surpresa verificar que a Osasco atual é uma cidade completamente diferente e moderníssima.
            Tudo mudou, mas para que chegássemos ao estágio de desenvolvimento atual foi necessário muito trabalho, desde a implantação de redes de água e eletricidade pública, asfalto, escolas, creches, postos de saúde, e uma infinidade de outros equipamentos públicos.
            A parte estrutural foi solucionada, especialmente na área central e nos bairros adjascentes, porém na periferia ainda sobraram áreas livres e inúmeros problemas acentuados com o aumento da população.
            Osasco se modernizou, as indústrias mudaram de endereço, assim como foi preciso que se mudassem alguns zoneamentos para implantar novos marcos de desenvolvimento. Hoje Osasco detém um comercio forte, o maior da Região oeste, possui também uma concentração de shoppings e faculdades; o centro está quase que completamente verticalizado,   irradiando para os bairros.
            Mesmo por uma semana, ser prefeito de Osasco é uma tarefa  árdua,  que requer, sobretudo, experiência e conhecimento da cidade e sua gente.
Não temos dúvida que o prefeito Emidio de Souza se licencia com tranquilidade, porque deixa em seu gabinete um político da mais elevada qualidade, com ampla bagagem de conhecimento e responsabilidade e, acima de tudo, uma pessoa humana de elevada qualidade.
            Lembramos de Aloisio Pinheiro quando o conhecemos mais de perto logo no primeiro mandato do prefeito Emidio,  quando como vereador eleito,  já trabalhava na eleição dos delegados do projeto Orçamento Participativo.
            Sempre de postura calma, muito atencioso com todos, Aloisio Pinheiro é um político que deixa transparecer confiança e sabedoria.  Todas as vezes que o ouvimos usando a palavra nos eventos públicos, o fez com muita propriedade e domínio do que fala.
            Na realidade até numa simples conversa Aloisio Pinheiro demonstra muito afinidade com a  ambiência  política e administrativa, enfim, não foi por outros atributos que foi  líder do prefeito na Câmara,  presidente de nossa casa de leis e que atualmente assume a prefeitura até o retorno do prefeito Emidio de Souza.

13 de julho de 2011

O INVERNO

Estamos em pleno inverno, e como soe acontecer, nos detemos um pouco para falar,  de cada uma  das quatro estações do ano, porque elas representam, com fascinante beleza, tempos e cadencias do planeta e dos seres que nele vivem
Num país tropical como o nosso, embora ocorram invernos intensos, não desfrutamos daquilo que caracteriza geralmente simboliza o inverno, a neve, mas, nas  serras gaúchas e catarinenses houve invernos em que tudo já amanheceu sob fina camadinha de gelo.
A estação do frio, nesta parte do mundo, começa com o Solstício de Inverno,  que se inicia na segunda metade de junho e encosta no tempo em que  as flores anunciam que está chegando a primavera, lá pela segunda metade de setembro.
As estações do ano, transicionando de uma para outra e dependendo do lugar,  sempre foram  fascinantes;  o outono em París é simplesmente espetacular, as largas alamedas formam belíssimos tapetes com as folhas que se desprendem das grandes árvores, as paisagens do outono parisiense já inspirram renomados pintores expressionistas, quando não  poetas, e grandes compositores, a exemplo de Antonio Lúcio Vivaldi  que justamente compôs uma belíssima obra chamada “As Quatro Estações”. Vivaldi, chamado de “ o padre ruivo”, por ser um sacerdote de cabelos ruivos, nasceu na bela Veneza e viveu até a metade do século XVIII, foi efetivamente um virtuose,  cujo estilo musical,  considerado como do barroco tardio, assombrou as cortes italianas e da Europa.
Sua obra conta com quase 800 composições, sendo 477 concertos e 46 óperas, e claro, entre elas se destacou a série de concertos para violino e orquestra intitulada “Le quattro stagioni”
Mas se Vivaldi naquela época já dera tanta ênfase à beleza das estações, sem dúvida comporia ainda muitas outras obras para o inverno na Amazônia, não o fez, porque nunca veio para maior floresta do planeta.
As estações na Amazônia se confundem e há apenas pequenas variações físicas a identificá-las. Em geral o clima é sempre quente e úmido, e o inverno chega com uma frequencia maior de chuvas finas que se aproximam com um suave , porém crecente barulho das gotículas de água sobre as folhagens.
Muitas vezes as chuvas vem com força, trovões rasgam o  céu completamente escuro e carregado, a água desaba na mata, os rios crescem com uma velocidade absurda, as aves e outros animais silvestres desaparecem em seus refúgios, a chuva  cai forte e quando  vem acompanhada com rajadas de vento vergan-se muitas arvores e é frequente  ouvir o barulho seco dos seus  troncos se quebrando.

6 de julho de 2011

UM OLHAR REAL

            Há certos momentos, atualmente muito mais freqüentes, em que a gente pára um pouco nessa nossa vida agitada, simplesmente para divagar   sobre o que ocorre ao nosso redor, seja lá em relação aos nossos costumes, no vestuário avantajado do inverno que transforma as pessoas em verdadeiros  ursos, ou talvez só na forma de se pensar e falar das coisas, da política, do governo, do trânsito.
            Ahh! sim, por falar do trânsito, súbito a cidade ficou melhor de se andar, as férias escolares chegaram,  a paz no trânsito voltou!  Mas o melhor mesmo é que desapareceram essas insuportáveis peruas escolares, sim aquelas com umas senhoras ao volante que acham que pelo fato de transportarem crianças podem tudo, cortam na frente dos outros,  chegam, por exemplo, às 6,30 da manhã para buscar uma criança  e enfiam a buzina sem dó, estão trabalhando, tem horário a cumprir, que a vizinhança  se dane!!
            Ufa! pelo menos este mês nos veremos livres  dessas tias motoristas,  que de tão ruins ao volante dos monstrinhos amarelos e pretos, passam arregaçando os retrovisores dos carros estacionados na rua. Mais uma vez, que a vizinhança se dane!!
            Passando a outros temas, a especulação política já se espalha por todo lado, e enquanto uns espinafram outros, alguns publicam o que querem, aliás, em busca do que querem;  e o que será que tanto vale o veneno que destilam?
            Depois do recesso do nosso legislativo, certamente aparecerão as novidades de olho na eleição de outubro de 2012.  Duro vai ser agüentar as vaidades das estrelas sem brilho, aquelas cronicamente cindidas em seu personalismo egocêntrico. Em todo caso, o ex-presidente Collor de Melo tinha razão numa afirmação (entre as pouquíssimas que ele teve) quando dizia que  "o tempo é o senhor da razão".
            Para concluir, vamos  falar do Pré-sal, uma reserva de petróleo e gás natural que se estende de Santa Catarina até o Espírito Santo,  ao longo da Plataforma Continental, com poços que perfuram a mais de dois mil metros abaixo da superfície do oceano.
            Hoje a extração já alcança algo como oitenta mil barris/dia, mas a previsão é de que esta  produção deverá aumentar em progressão geométrica, na medida em que novas plataformas entrem em atividade.
            As descobertas, exploradas há cinco anos, inicialmente de forma experimental, deverão dar espetacular impulso à economia do país,  e só para exemplificar, somente em Santos já foram geradas inúmeras fontes de trabalho diretamente ligadas à exploração dessas  reservas, assim como a ampliação de serviços indiretos. A economia começa a superar limites antes  pouco inimaginados.


29 de junho de 2011

A SOMBRA DOS LEVIATÃS

Conhecemos  Antonio Roberto Espinosa há um bom tempo, mas a imagem mais agradável que ficou em nossa memória foi aquela em que o víamos labutando pelas  madrugadas  na sede do jornal “Primeira Hora”, então localizado na Avenida dos Autonomistas.
Afeto a  uma boa e proveitosa conversa, sua participação na história da imprensa osasquense mostrou-se altamente positiva --inclusive participou com eloquente depoimento em curta metragem sobre a história da cidade, produzido pela Sudameris Filmes--, consolidando, sobretudo, seu elevado padrão de conduta jornalística, verdadeiro paradigma de uma linha editorial que se desprendia dos limites naturalmente impostos a uma imprensa restrita a municípios menores, limítrofes à capital paulista onde atua com  força a grande imprensa.
O crescimento e o desenvolvimento das cidades da Grande São Paulo, impulsionaram formas e meios de se produzir um jornalismo com melhor qualidade e que,  se embora ainda não é como sonhamos, alcançou bons níveis de  qualidade e profissionalismo.
O tempo passou e Espinosa, que nunca deixou de participar em assuntos de responsabilidade em Osasco, reapareceu na coordenação do Projeto Osasco 50 Anos do prefeito Emidio de Souza.
Qual não foi a nossa satisfação em saber que defenderia sua tese de doutoramento na área de teoria política internacional, na USP, com o estudo “ A Sombra dos Leviatãs”, onde aborda de forma crítica  as controversas faces  do Estado diante do processo de globalização e uma visão ainda mais ampliada sobre as guerras que  respingam pelos continentes neste  século XXI.
A defesa da Tese  aconteceu no dia 27 p.p. no Salão Nobre da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, sob a coordenação do professor-doutor Leonel Itaussu Almeida Mello e foi coroada de completo êxito.
Parabéns ao nosso colega jornalista, professor-doutor Antonio Roberto Espinosa!

21 de junho de 2011

QUESTÃO DE CULTURA

Uma das viagens mais importantes da minha vida foi aquela que, junto com  dois colegas jornalistas, cheguei até a remotíssima e longínqua Katmandu, a capital do antigo reino do Nepal,  num vale entre os flancos do teto do mundo, a Cordilheira do Himalaia.
Evidentemente que essa experiência era para mim algo  irreal, pois  chegávamos  a uma cidade quase totalmente  escura e com apenas um voo por dia para Nova Delhi, na Índia.
Na realidade voltávamos alguns bons séculos no tempo, e nas ruas estreitas dessa cidade víamos  o que há de mais  rudimentar com  uma arquitetura inspirada no hinduísmo e no budismo;  um mundo estranho e misterioso, com ruas e palácios enfeitados com enormes estátuas  de  leões, geralmente ameaçadores,  grosseiros.
Uma viagem de pouco mais de uma hora de carro, beirando imensos campos de  mostarda, nos levaria até Bhaktapur, uma cidade ainda mais antiga e que até a unificação do Nepal  fazia parte de um reinado independente, mas que até hoje ainda se mantém por completo medieval, e  foi ali onde sem nenhum cenário maior ,  Bernardo Bertolucci filmou “ O pequeno Buda”.
Em Bhaktapur nos assombramos com os hábitos do povo. Às margens de um rio que atravessa boa parte da cidade, encontramos os locais de cremação dos mortos, sempre cheia de corpos ardendo,  uma imagem dantesca que choca fortemente. Pouco adiante, as casas do silêncio, pequenas casinhas com uma porta que parece cela de prisão, lá são deixados os doentes considerados irrecuperáveis, ficam à mingua até morrer, para  depois serem cremados.
Tudo isso vimos, e respeitamos, afinal  trata-se da expressão de uma cultura, são os  costumes e as crenças de uma sociedade, e por mais que não as aceitemos, temos que respeitá-las.
Sem tanto contraste, aqui mesmo temos muitas diferenças políticas, religiosas, e socioeconômicas, entre tantas outras, mas todas deveriam ser sempre respeitadas, o que não significa aceitar e nem  aderir.
O casamento Comunitário que sempre é feito em maio pela Prefeitura de Osasco, através de uma  iniciativa do ex-vereador Dr. Faisal Cury, realizou o sonho de muitos que não podiam se casar por falta de meios financeiros, outros por diversos impeditivos, mas que com a ajuda da Prefeitura,  através do Fundo Social de Solidariedade,  transformaram  seus sonhos em realidade.
E,  assim, 460 casais este ano realizaram com muita alegria sua união, e ainda receberam dos padrinhos, o Prefeito Emidio de Souza e a Primeira-dama, um grande Show de presente  com a apresentação da dupla Jean e Giovani.
Mas em todo esse clima de alegria e simplicidade, uma equipe de TV da Grande mídia destoava grosseiramente, e levou ao ar, em sentido claramente desrespeitoso, um programa humorístico onde fazia chacota dos casais que ali estavam consolidando uma sonhada união!
Nós poderíamos criticar o que vimos la no Nepal, uma questão de índole e  porque, sobretudo,  há que se respeitar às pessoas, sua vontade, porém,  infelizmente o pessoal que faz humorismo às custas das pessoas mais humildes, não sabem  que são eles mesmos os maiores  palhaços!      


15 de junho de 2011

THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

São Paulo, 1898, um incêndio devora as instalações do Teatro São José, e a cidade que crescia de forma avassaladora com o “boom” do café, de repente se viu desprotegida  e sem o seu maior centro de cultura.

Mas o espírito paulista da época, orgulhoso da pujança desta grande cidade, não poderia ficar aquém dos grandes centros culturais da Europa ao longo do século e, de imediato, efervesceu em manifestações que clamavam pela construção de um novo espaço cultural à altura das companhias estrangeiras.

Foi assim que o arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio e Domiziano Rossi  que iniciaram, em 1903,  as obras de construção desse suntuoso edifício que, em 1911, precisamente em 12 de setembro, seria solenemente inaugurado  diante de mais de  vinte mil pessoas.

Foi a partir desse momento que a grande metrópole, São Paulo, voltava a figurar no roteiro dos grandes espetáculos mundiais, e do mundo inteiro vieram ao seu palco grandes nomes das óperas, do canto e da dança, afora grandes peças de teatro que repetidamente engalanaram suas instalações.

Domingo passado,  após boas reformas,  foi reinaugurado novamente e com a pompa merecida e com grandes óperas apresentadas pelas vesperais que  foram dedicadas  ao tão ilustre acontecimento, pois o famoso Theatro é, ao longo dos seu cem anos,   indubitavelmente um dos maiores  patrimônios culturais, não só dos paulistas e paulistanos, como do Brasil.

Através de uma exposição permanente no Museu encontramos, para nós e para toda a posteridade,  boa parte da  história artística e social do Theatro, com informações preciosas sobre sua arquitetura e construção e sobre  a enorme e brilhante sequencia de grandes apresentações e eventos.

O acervo ainda guarda importante material sobre a biblioteca, o espetacular arquivo fotográfico , e documentos que nos reportam a  espetáculos audiovisuais e muito material publicado ao longo de todo o século.

O Theatro Municipal de São Paulo já emprestou seu palco para memoráveis apresentações como o de Maria Callas, de Enrico Caruso, o famoso Arturo Toscanini, Arthur Rubinstein, Ana Pawlova, Nureyev, Baryshnikov, Ella Fitzgerald, Duke Ellington, entre tantos outros grandes nomes.

             Atualmente o Theatro Municipal de São Paulo possui diversos  Corpos Artísticos, entre eles: A Orquestra Sinfônica Municipal, o Coral Lírico, o Coral Paulistano, e o Balé da Cidade, além do Quarteto de Cordas e a Escola Municipal de Música e de bailado.

6 de junho de 2011

HISTÓRIAS DAS HISTÓRIAS

           A biografia dos grandes homens e mulheres que escreveram suas histórias sempre foram motivo de inspiração, e quando transladados ao celuloide, mostraram a saga, o talento e a vontade estóica de personalidades que entusiasmaram e ainda empolgam gerações.
Não se pode, no entanto, dizer o mesmo de alguns dos nossos políticos, cujas histórias começam a ser escritas com  a rudeza com que conduziram  suas ações  políticas.
Evidentemente que há obras, como a de Denise Paraná, Lula o filho do Brasil, plena de emoção e de relatos que constroem uma história oral ímpar.
Mas se a história de Lula, o retirante de Garanhuns, Pe., que viveu uma vida humilde e pobre no ABC, até chegar, depois de intensa militância política e ser um dos fundadores do PT, ao maior cargo público do país, emociona e se valoriza através de relatos próprios, o filme produzido já não soube transmitir todo essa epopeia de luta, daquele que hoje é considerado o maior presidente que o Brasil já teve, e que, provavelmente voltará ao cargo em breve.
Nos últimos tempos outros nomes importantes da política brasileira como o de Antonio Carlos Magalhães, o ACM, não recebeu o mesmo tratamento pelos seus biógrafos e historiadores, e em Memórias das Trevas, João Carlos Teixeira Gomes, num grosso volume de quase oitocentas páginas, faz uma verdadeira devassa na vida de ACM.
Sem misericórdia Teixeira Gomes, estraçalha a vida de Antonio Carlos Magalhães, apresenta argumentos e fatos, e afirma que ele nunca foi o “ Leão da Bahia e que não passaria do feitor de um estado que vive nas trevas, sob o domínio do medo e da intimidação”, e continua, “João Carlos  Teixeira Gomes, o Joca,  desarmado até os dentes, só não partiu para um duelo,  ao cair da tarde, com o dono da Bahia”.
Não devemos deixar de mencionar aqui outra obra não menos importantes, esta de  Cláudio Humberto, íntimo colaborador do então presidente e hoje senador Fernando Collor de Mello. Em mil dias de solidão, o relato patético da queda de um homem que levantou o Brasil por trás da chama de uma esperança poucas vezes sentida.
Claudio Humberto faz um relato minucioso dos tempos duros do impeachment, e os dias duros de  reclusão na Casa da Dinda.
Na realidade a história de Collor é muito forte, e transfere para o leitor também o impacto causado pelo desarranjo familiar, as picuinhas do poder, as mazelas que se escondem atrás de inúmeros gabinetes.
Em Osasco lembramos do ex-presidente Collor quando  encheu de  gente por completo o largo de Osasco e inflamou todo mundo com um discurso jovem, de força e vivacidade.
Para quem gosta destas biografias surpreendentes, surge agora uma obra muito forte, incisiva e cortante do jornalista Palmério  Dória sobre a vida de e a história do  ex-presidente, José Sarney.

A editora Geração Editorial balançou o mercado editorial com esta obra polêmica e ousada, de inesperadas revelações e de onde o Senador Sarney não sai incólume nem um pouquinho, ao contrário, mostra uma face soturna, dúbia e que infunde terror. A obra já provocou confrontos no Maranhão, o latifúndio da família Sarney.

1 de junho de 2011

TEMPOS DIFÍCEIS

O desenvolvimento tecnológico e científico dos tempos atuais avança numa  velocidade assustadora, a ponto de o que hoje há de mais atual, como processadores de computador de última geração, em pouquíssimo tempo  são   superados por uma geração mais nova e de funções ainda mais impensáveis. A nanotecnologia simplesmente é incrível.
            Na transição da segunda metade do século XIX  até o XX e consequentemente até nossos dias, os avanços científicos têm sido  progressivamente muito  velozes, mal nos acostumamos a usar um determinado equipamento e já surgem outros mais revolucionários, exemplo disso encontramos na renovação dos softwares, onde  o ritmo é  alucinante.
            Diante de toda essa corrida tecnológica, o que pode acontecer com  o ser humano, quais  as alterações básicas do seu comportamento, de sua maneira de interagir com seus semelhantes,  quais os reflexos em seus padrões biológicos, e mais ainda, em sua psique?
            Chegamos a um estágio, por sinal muito pouco observado, em que o homem produz máquinas e equipamentos diversos para automatizar as ações do
próprio homem, de maneira que cada vez o homem se torna mais sedentário ainda, e nas grandes cidades  resolve as coisas pelo telefone, pelo celular, pelo computador e pela internet.
            Estamos de certa forma nos transformando também em máquinas de carne e osso, vivemos apertando botões repetitivamente.
Atualmente é cada vez mais  difícil  encontrar quem possa fazer trabalhos que dependam puramente da força de trabalho humano, a exemplo dos serviços domésticos, de  limpeza e faxina numa casa, serviços para cortar  grama e podar árvores, levantar e rebocar um muro, pintar uma parede, e por aí em  diante.
Hoje, como consequência da automação em escala,  esses profissionais começaram a desaparecer, e os que ainda permanecem no mercado, estão cada vez mais raros, pois é muito  mais cômodo, mais rentável e melhor, trabalhar na frente de uma máquina que comanda outras robotizadas ou, pela  internet, penetrar num mundo   cheio de inúmeras  possibilidades de negócios globalizados.
Nesse diapasão, tudo começa a girar num cut off grade cada vez mais seletivo; ou se acompanha a evolução ou vamos ficando aliados de uma realidade, absurdamente brutal e menos humanista.
Não que o progresso e o desenvolvimento científico sejam prejudiciais, ao contrário, o homem os cria e investe neles justamente para melhorar  sua vida, como de fato acontece, mas produz, em paralelo,  essa outra vertente, muito eletrônica, eletroeletrônica, informática, nada mais se faz de forma mais humana, por isso os parques estão lotados de gente que faz corrida, que faz caminhada, quase ninguém mais trabalha com as pernas, exceto os atletas, os músculos vão definhando ou se tornando flácidos, as pessoas se tornam obesas pelo consumo de  lanches, e alimentos prontos que dependem apenas de um micro-ondas.
Contra toda essa rotina é preciso que se tome consciência de que o corpo também precisa trabalhar, se movimentar para que possamos desfrutar de uma vida mais saudável.



30 de maio de 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL EM OSASCO

A dinâmica do desenvolvimento de nossa cidade,  com destaque para os  últimos oito anos,  propiciou acelerado crescimento demográfico e com ele se acentuaram  as demandas próprias dos núcleos densamente habitados como as  grandes cidades, entre as quais se insere Osasco.   

Quem viveu  em  nossa cidade lá pelos idos da década de 70, para não nos remetermos muito longe, poderá lembrar como tudo aqui era muito diferente, só para se ter idéia, nas avenidas e ruas circulavam ônibus e em grande parte  kombis de lotação que faziam o transporte de passageiros aos bairros.

            Com  menos habitantes, a vida naquele tempo era mais tranqüila,  as vias urbanas davam conta  do trânsito sem maiores problemas,  lembramos por exemplo da rua Pedro Fioretti, ainda calçada com paralelepípedos, e onde se podia estacionar com tranqüilidade em ambos lados da rua.

Com o desenvolvimento gigantesco da cidade, tornou-se lugar  atrativo para muita gente que chegou dos quatro cantos do país em busca de trabalho, na então industrializada Osasco.

            Nos anos seguintes a cidade se expandiu, novos bairros foram criados, ruas e avenidas foram abertas, parques foram criados; a cidade se transformou rapidamente, as indústrias  cederam lugar para shoppings,  a periferia se expandiu  e a população aumentou sobremaneira.

Depois de todos esses avanços, a  nossa cidade foi criando um perfil de franco desenvolvimento, e a região central inicialmente, e agora também os bairros, se verticalizaram. Numa região muito complexa pelas invasões e favelas como a do Socó, na zona norte,  onde hoje, com a parceria do Governo Federal foram construídos   prédios de apartamentos e muitos outros benefícios para aqueles que moravam nos barracos de tábuas.

Mas a zona sul da cidade também se desenvolveu muito,  lembramos ainda quando o Conceição era uma área vazia que logo foi  invadida e depois se transformou numa região que  ganhou ruas, escolas, unidades de saúde, enfim, até o Bradesco implantou uma bela escola no bairro.

Hoje Osasco é uma das primeiras cidades do estado e do Brasil,  é o maior centro de shoppings da região Oeste e, sobretudo, o maior centro universitário da região.

Um dos fatos mais importantes, entretanto, foi  a implantação da Universidade Federal,  cuja pedra fundamental  foi lançada com presença do então presidente Luis Inácio Lula da Silva.

O presidente em seu discurso enfatizou o quanto é importante uma educação de qualidade, com acesso democrático e gratuito, como base  para uma  mudança  da qualidade de vida do povo e do desenvolvimento do país.

Na  realidade  o presidente estava muito certo,  a estrutura de  um país está alicerçada na educação, que deve ser vista e tratada com muito cuidado, carinho e proficiência.

A inauguração oficial da Universidade Federal, ontem, com a presença do Ministro da Educação Fernando Haddad, o prefeito Emidio de Souza e, o Deputado  Federal João Paulo Cunha, entre outras autoridades, é um fato histórico para Osasco e para sua população.

Parabéns Osasco!

27 de maio de 2011

DO PAQUISTÃO À AMAZÔNIA

O que já transcorreu deste ano veio  pleno de acontecimentos e notícias de todos os tipos. Alguns dos principais vieram com alegria,  como a vinda do presidente Barack Obama ao Brasil, porém outros trouxeram de angústia e sofrimento a exemplo do terremoto e tsunami que se abateram  no nordeste do Japão com o catastrófico vazamento de radiação das usinas de Fukushima.
No monumental casamento do príncipe Willians, filho dos príncipes Charles e Diana nada faltou absolutamente, foi um casamento com toda  pompa e circunstância, um conto de fadas do século XXI.
No verso da moeda, Dominique, Strauss-Kahn,  que acreditamos nada tem a ver  com o feroz Genghis Khan, apesar  que como este tinha ao alcance dos seus desejos tudo que quisesse, sendo diretor do FMI,  preferiu violar à camareira de um hotel e, denunciado, perdeu seu elevado cargo e  suas pretensões políticas, foi algemado e preso e teve que caucionar nada menos que um milhão de dólares como fiança, para responder em liberdade.
Recentemente a notícia que mais  sacudiu o mundo foi o assassinato de Osama Bin Laden, o homem mais procurado do mundo desde 2001, quando ocorreram os atentados às Torres Gêmeas e ao Pentágono, nos Estados Unidos.
Um grupo de fusileiros navais americanos, superespecializados e com armas de alta tecnologia invadiram o Paquistão, sobrevoaram Islamabad e chegaram até    Abbottabad, a cem quilômetros da capital, mataram Bin Ladem que lá se escondia  há cerca de  quatro anos, e ainda levaram  o corpo do terrorista, até então chefe mor da Al Qaeda.
Ninguém quer mais lembrar os atos covardes  praticados pelo terrorismo em  11 de setembro de 2001, mas todos  concordamos  que Bin Laden tinha que pagar pelo que ordenou fazer, mas, como os próprios  americanos  divulgaram, no momento em que foi surpreendido pelos americanos estava desarmado e nem assim o capturaram vivo, tiveram que estourar-lhe a cabeça e o peito, e levar seu corpo até um navio de sua base.
O intuito de levar o corpo é para que não se tornasse mártir dos árabes, de maneira que, mentir para o mundo afirmando que lavaram o corpo e em respeito às cerimônias muçulmanas, o corpo foi lavado e depois  jogado ao mar, é apenas a desculpa para dizer que ninguém nunca mais verá o corpo de Osama Bin Laden, e nem as fotografias depois de morto. Claro que o corpo do terrorista está até hoje com os americanos, primeiro porque  na hora que eles acharem vão realmente sumir com ele. Desde quando os americanos respeitam os costumes do Islam?
Mas, é preciso trazer para perto de nós uma realidade que se faz mais próxima com o episódio Bin Laden.  Como todos sabemos, a Amazônia é cobiçada, há muito tempo, pelo mundo, especialmente pelos americanos e europeus, e eles, como se observa em vários países,  têm a maior facilidade para  invadir qualquer país em nome da democracia, dos Direitos Humanos, e até mesmo em nome  da vida do planeta.  Os americanos têm poder e tecnologia inigualáveis,e o demonstraram  invadindo o Iraque e o  Paquistão, nas barbas do exército daquele país, e olhe lá que o Paquistão, que é protegido americano, é um país com armas nucleares e equipamentos bélicos modernos.  Quem garante que não amanhecemos qualquer dia com marines americanos por toda a Amazônia? Será que alguém anda pensando nisso, ou nosso negócio mesmo são as infernais lutas por poder e dinheiro?

25 de maio de 2011

CIDADE LIMPA

O prefeito Emidio de Souza sancionou a Lei Cidade Limpa, que deverá ser colocada em prática nos prazos legais após sua publicação, e representa de forma decisiva um avanço muito importante no processo de desenvolvimento da cidade.
Na capital, e  nessa mesma direção,  o trabalho de Gilberto Kassab obteve êxito, inobstante ferrenha oposição na ocasião da implantação prática da lei, mas, com a retirada de tudo que visualmente poluía a cidade, pelo menos na região central, conhecemos uma outra São Paulo.
Acreditamos que em nossa cidade a lei será implantada com  sucesso, mas como tudo que é bom, por motivos diversos, nem sempre acaba satisfazendo gregos e troianos, haverá muito trabalho de conscientização também a  ser feito.
A  lei Cidade Limpa chega em momento importante, quando  a poluição visual e sonora em Osasco já ultrapassou as raias da tolerabilidade.
Naturalmente que a publicidade visual  dentro dos limites permitidos deverá continuar, o que não faz nenhum sentido  é forrar a cidade com qualquer tipo de publicidade, cobrindo próprios municipais, parques e praças, deixando a cidade verdadeiramente suja e com aspecto de mal-tratada.
Só para ilustrar, já vimos vários out-doors sem nenhuma utilidade cobrindo parte da fachada de uma escola, simplesmente com juras amorosas de um marido enlouquecido pela esposa. Absurdo total!
Ora, ora, a modernidade e o progresso nos encaminham  para um nível cultural cada vez melhor, o cuidado que tivermos com nossa cidade, reflete exatamente o grau de educação que temos, afinal, hoje Osasco é uma das mais importantes cidades do estado e do Brasil.
Afora os out-doors de utilidade pública,  que naturalmente deverão ter um espaço próprio, as pinturas nos muros tem que desaparecer, pois batem todos os recordes de sujeira, e só no entorno da  região central encontramos ainda muros e cartazes de eleições passadas.  Na realidade os políticos só se preocuparam em pintar e sujar e depois esqueceram,  tanto que há anos continuam lá, provavelmente acreditam que estando seu nome em evidência, sempre serão lembrados. Bem,  isso é até possível, mas podem ser lembrados como exemplo de descaso e de sujeira, o que não é bom para quem tem pretensões políticas, e poderão também ser vistos como um exemplo que deixa a desejar, justamente por se tratar de um cidadão de quem se espera melhores atitudes.
Quanto à poluição sonora, os abusos também são gritantes, não há mais respeito à tranqüilidade das pessoas, e os jovens com seus veículos equipados com caixas de som e amplificadores de alta potência passam pelas ruas provocando a vibração de tudo quanto é janela.
Limitar esses absurdos não deverá ser uma tarefa imediata, certamente será um trabalho progressivo, porém firme. Hoje em muitas ruas dos bairros foram abertos barzinhos em garagens, aos fins de semana as mesas ficam nas calçadas e o som, muito acima dos decibéis permitidos até por uma questão de saúde auditiva, provêm  desses veículos que ficam estacionados com os porta-malas abertos e um som que todos os moradores do entorno são obrigados a ouvir, sem horário para terminar.
Seja bem-vinda a lei Cidade Limpa, queremos Osasco limpa e bonita, e todos temos que colaborar.

16 de maio de 2011

MORRO DE SÃO PAULO - BAHIA


UM LUGAR PARADISÍACO, ONDE A NATUREZA REUNIU SEU ESPLENDOR EM TODA SUA PLENITUDE


            Uma vilazinha encantadora, bem no extremo de uma ilha paradisíaca localizada ao sul do Recôncavo baiano.  Assim podemos descrever a Vila do Morro de São Paulo, em cujo promontório central  ergue-se a Capela de  N.S. da Luz, e a partir do seu cruzeiro se debruçam o caminho e as escadarias em direção ao porto, ao secular forte e, escarpa acima,  até o farol que esguio sobressai a tudo no  topo do morro, bem de  frente  ao mar  aberto, numa  extasiante  visão que se perde,  retilínea, dividindo o céu e o mar,  na linha do horizonte.

           O Morro de São Paulo faz parte da  ilha de Tinharé,  a maior de um arquipélago formado por 26 ilhas,  pertence ao Município de Cairu, Distrito de Gamboa, e o prefeito atual é o Sr. Hildécio Meireles. A ilha  está localizada  a  aproximadamente duas horas de barco, a partir de Salvador


          A história  do Morro de São Paulo é muito rica e se inicia pouco depois  da chegada de Cabral às terras de Santa Cruz, quando aportou  por ali, em  1531, o colonizador português Martim Afonso de Souza, mas foi, porém, Francisco Romero, em 1535,  que junto à  população local  fundou a Vila do Morro de São Paulo, localizada no extremo norte da Ilha.

          Cenário de constantes investidas  dos aguerridos  nativos, na região se alternaram as esquadras de conquistadores  holandesas e francesas, assim como  em sua bela enseada encontraram abrigo aprazível  piratas e corsários,  como  entrada  natural para seus ataques  à Baia de Todos os Santos.

          Em 1630 foi construída a Fortaleza  do Morro,  depois foi erguida a  Capela de N.S. da Luz.  Segundo  reporta o Jornal  “ A Tarde”, de Salvador, em 1746 foi construída a Fonte Grande, onde D. Pedro I se banhou em companhia de  Domitila de Castro, a Marquesa de Santos.  Em 1855, no alto da encosta foi inaugurado o Farol do Morro de São Paulo. 

          É precisamente nesse ponto onde se desfruta de um panorama privilegiado da vila e suas casas que, qual  pintura naif, tantas são elas e de   cores vivas e  variadas,  salpicam  todo o flanco leste do morro. 

           Da Praça Aureliano Lima, seguindo pela  Rua Caminho da Praia, se atravessa um verdadeiro shopping, com inúmeras lojas de roupas e souvenirs, pizzarias e restaurantes, cafés e lojas de roupas,  agencias de turismo, lan houses, e uma infinidade de pousadas, tudo enfim, até chegar ao tesouro maior, as belíssimas praias que contornam a ilha ao longo de cerca de 40 km.

          Na primeira prainha  além do  visual excepcional do mar  que se abre por entre os arrecifes, a tiroleza que desce do belvedere do Farol, é uma atração muito especial. A partir desse ponto, seguem em seqüência a segunda, terceira, quarta e as demais praias, todas belas, todas maravilhosas, como nunca antes  vistas.

           As primeiras praias estão interligadas por um deck que corre por entre os coqueiros e a  areia que mergulha suavemente sob as mornas e cristalinas águas do mar.

          Poucas praias  no mundo são tão belas quanto estas, fato que justifica a presença permanente de turistas,  principalmente europeus.  Aqui se fala português, inglês, espanhol, francês, e se está conectado com o mundo todo através do celular, da Internet e da televisão, mas,  apesar de toda essa infra-estrutura de comunicação, os turistas esquecem do mundo diante de tanta  exuberância  que a natureza oferece.

          A ligação entre a Ilha e Salvador é permanente e de várias formas. Há lanchas,  barcos e  catamarãs todos os dias. Por estrada se chega até a capital através de Valença, a cidade mais próxima da ilha no continente e, se preciso, em aviões menores que operam num campo próximo à praia  da Alegria.

          Na vila nada há motorizado a se mover pelas suas ruas, tudo funciona na tração animal e na força humana. Os táxis são carrinhos de mão, eles transportam as bagagens dos turistas do porto até as pousadas.





Em matéria de gastronomia e nos tipos de  pousadas,  
uma diversidade de escolha, desde  pousadas 5 estrelas que contam com piscinas, sauna, academia, de ginástica,  american bar e excelentes apartamentos com TV, ar condicionado e frigobar, e localizadas bem em  frente ao mar, até algumas em meio à exuberante floresta como a pousada “Uma Janela para o Sol”,  do Sr. Manoel que oferece ao turista o clima de montanha e o  ar puro da mata,  uma delícia de pousada!

          O povo baiano é por natureza alegre e festeiro, nas praias do morro de São Paulo, toda noite são montadas bancas de frutas, prontas para uma  caipirosca, é algo absolutamente delicioso, e algumas noites  por semana ainda acontecem os famosos  “ Luau” música e dança na praia à vontade.

Mas não é só isso, as baladas  varam as madrugadas tanto  no Funny como no Pulsar e, perto do Farol, na Toca do Morcego, tudo com músicas e Dj’s a todo vapor, ritmos  e danças que   enlouquecem os turistas estrangeiros.

Quem gosta de filmar e  fotografar,  não pode perder o fantástico pôr de Sol que a cada entardecer o astro rei nos oferece e que registrado do mirante, no alto do farol, permite eternizar  um momento único,  de extraordinária   beleza.

Naturalmente que há inúmeras opções de passeios a lugares históricos e belos no morro e na ilha, porém,  é preciso dispor de pelo menos uma semana para conhecer e se deliciar neste paraíso; mas mesmo com menos tempo, o Morro de São Paulo é um belíssimo lugar que não se deve deixar de conhecer quando se visita a Bahia,